terça-feira, 12 de março de 2013

Patologias: erro genético ou experiência social?


Sentado na cadeira elétrica ele percebe que irá morrer em alguns minutos. Sente um arrepio pelo desconhecido, mas não se arrepende de tudo que fez. O instrumento coercitivo chamado Deus não pode o deter, as leis não puderam o parar. Ele escolheu o caminho do crime porque de certa maneira foi essa a via que poderia atingir mais rápido a sociedade apática na qual vivemos todos nós.

Àquele que rouba o primeiro milhão sente o mesmo prazer daquele que mata algumas dezenas de pessoas, o mesmo que sente um soldado em guerra, que também é o mesmo que sente um advogado quando defende um estuprador, que vem a ser o mesmo tipo de atitude patológica que um político sente em desviar verbas da saúde, que vem a ser o mesmo que um padre pedófilo sente ao tocar uma criança “inocente”, que é o mesmo que sente um pai quando agride um filho, enfim, comportamentos sádicos reproduzidos e perpetuados de geração em geração.

Existe um monstro dentro de nós. Ele assume as mais variadas formas e estipula como serão executados nossos planos de sobrevivência. Aquele homem servil imaginado por alguns filósofos é nada mais do que um subalterno ou escravo de um sistema alienante. Houve um tempo em que dividíamos a civilização em Senhores e escravos, hoje, evoluímos, dividimo-la em empregador e empregados, ao primeiro concedemos todos os direitos e poderes, ao segundo um salário ao invés de chibatadas. Eis a modernidade e a tecnologia que engana ao enfeitar o mundo sombrio que nos cerca.

Quando chorávamos ainda pequenos e nossos pais nos entupiam de comida, quando éramos sinceros e aprendíamos que para sobreviver deveríamos aprender justamente ao contrário, quando recitávamos poesias na escola para nossas “namoradinhas” e elas debochavam do nosso amor, quando então descobrimos as máscaras de nossos amigos, da sociedade em geral e que para postergar nossa existência será necessário que aprendamos a utilizá-las e adequá-las tanto em formato como no grau de manipulação, quando isso ocorre, passamos a viver no mundo criado por nós mesmos e temos como regra a competição, por conseqüência, aniquilação.

Sejamos nós alienados ou neuróticos, qual seja vossa visão, o futuro nos é inseguro. No começo fomos uma partícula no universo, evoluímos para um grupo delas. A complexidade que o avanço causa pode ser também o ponto de desorientação psíquica no qual a maioria das civilizações está submersa, conforme demonstram suas culturas e crenças atuais.

Nosso cérebro é um pequeno universo, cada célula é uma galáxia, cada sinapse é uma explosão de criação que se for mal convertida pode vir-a-ser o movimento oposto, ou seja, a destruição. Nascemos e morremos assim como estrelas surgem no céu. Nossa mente é a resposta cognitiva para anseios ancestrais. No futuro novos anseios virão. Eis aqui outro problema: o que poderá modificar nossas condutas: 1. a não existência de Deus ou 2. a não existência da raça humana?

Colonizadores e colonizados. Eu e você. Que um dia por ventura tenhamos andado lado-a-lado. Agora colocados em papéis iguais, mas com resquícios da antiga personalidade, nosso problema ainda será a tendência em manipular e estabelecer regras de convívio. O jogo inicia. No decorrer da partida notamos que nossos times são extensões de nossos pensamentos primitivos de dominação. Se olhares no espelho da sua casa agora, tendenciosamente, perceberás um monstro refletido pela luz do sol, tudo isso, explicará o erro genético ou a experiência social que resultou na raça humana.


Então diante do desconhecido e diante de si mesmo irás te sentir como um saco de lixo, tal qual um dia as mesmas palavras já haviam sido ditas. Na miséria oriunda do caos que criamos restarão apenas ratos e baratas. Nada mais!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Psicanálise: da arte poética ao narcisismo secundário


Naquela tarde rodopiei sete vezes à procura da razão, mas só encontrei fantasia. Eu agora me chamaria Caim e não mais Abel. Seria de outra nacionalidade, falaria o idioma de minha avó alemã. Cortaria o cabelo curto; rasparia os pelos do corpo (inclusive aqueles da região libidinal); usaria blache para delinear o rosto; entre outras coisas que imaginei sentado a beira da lagoa dos patos.
Eu seria um grande estilista, e não, um pequeno filósofo. Não falaria mais sobre política e sim sobre bundas. Sim, a bunda como um fenômeno cultural amplo, se me compreendem! O que seria das mulheres se não fossem essas benditas bundas?
Levaria Thor (o pitbull skinhead) para defecar na areia da praia, não sentiria remorso, e sim, uma espécie de satisfação, pois pela primeira vez quem estaria no comando de tudo seria o ‘id’.
Eu poderia rir da pobreza, da miséria e aplaudir os corruptos e os desviantes. Que peso tiraria da consciência! Aliás, pra quê consciência? Ela não seria mais necessária. Reformularia então a teoria psicanalítica de Freud, ajustando-a ao meu bel prazer, transformando-lhe numa corrente puramente subjetiva e simplificada. Note como seria bom não ter ‘superego’! Eu poderia mergulhar sem roupas na lagoa e quando o guarda tentasse me punir dando voz de prisão por atentado violento ao pudor, eu diria: “Não tenho ‘superego’ senhor, não podeis me prender!”.

Um corpo engessado durante anos pode esconder no comportamento sádico o personagem carrasco do seu destino, que nesse caso, será o algoz de si mesmo.

Compraria uma caminhonete a diesel; instalaria um ar condicionado em cada peça do meu apartamento; teria uma empregada para cada dia da semana; conquistaria toda e qualquer mulher que passasse a minha frente; agiria sem pensar; casaria num dia e no outro pediria o divórcio.
Assistiria telenovelas e memorizaria o nome de cada personagem; beberia e comeria até passar mal, colocando no lixo as sobras (mesmo sabendo que muitos sentem fome); cometeria todo dia um pecado e blasfemaria ao vigário da igreja; ainda em relação à fé, faltaria em todas as missas de domingo.
Apostaria em corridas de cavalos; fumaria dez maços de cigarro por semana; usaria somente roupas de grife; locomover-me-ia apenas com carros importados; maltrataria plantas e animais; pois tudo tende a ser liberado quando damos vazão aos conteúdos reprimidos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012: PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS




David dos Santos¹



Em ano eleitoral percebe-se o uso exagerado de um verbo que contém uma espécie de fetiche sedutor: prometer. Todos os candidatos se comprometem com o Povo, que por sua vez, vota por afinidade com o candidato ou no Partido Político de sua preferência. Ao assistir os programas dos candidatos à Prefeitura de Pelotas, podemos notar no slogan de suas campanhas, o uso de algumas expressões, tais como, “mudança”, “novo”, “diferente”, etc., com tantas denúncias de corrupção em nosso país, essa fórmula mostra-se bastante coerente, ou melhor, psicologicamente estratégica.

A política, de certa maneira, é o reino da fantasia, onde ocorre uma inversão da realidade e a manipulação de conceitos, que à primeira vista, nos parece familiar. Saúde, educação e emprego são os mais utilizados. Observamos que, nesse mundo fantasioso, criam-se personagens míticos, que irão resolver todos os nossos problemas, como numa espécie de conto de fadas, as barreiras que separam o concreto do abstrato simplesmente desaparecem, transformando a expectativa ou sonho das pessoas em uma ilusão, que deveras, terá pouca ou nenhuma chance de ser viabilizada.

A seguir, uma micro-análise sobre o discurso dos principais candidatos à Prefeitura de Pelotas:

Eduardo Leite (PSDB), o candidato foi chefe de gabinete do Prefeito Fetter Júnior (PP), posteriormente eleito vereador de Pelotas e tem apoio do mesmo para essa eleição. Seguindo esse raciocínio simples, como pode o candidato ser a “mudança” como afirma em seus programas, se conta com o apoio do atual governo? Além disso, utiliza um jingle muito pobre (meu nome é Eduardo Leite, mas pode me chamar de Eduardo), claro que a equipe de marketing percebeu a mancada e tentou remendá-la criando uma nova versão, associando o nome de pessoas que apóiam o candidato a adjetivos que as qualificam como honestas e dignas; melhorou, mas ainda assim mostra uma falta de criatividade, pelo menos, nesse aspecto. Possui boa aceitação do eleitorado feminino, mas não sabemos dizer se esse ‘casamento’ irá durar até a noite de ‘núpcias’.

Catarina Paladini (PSB) segundo candidato, sim candidato, que nessa análise se destaca pelo uso prolixo do verbo prometer. Assim como Eduardo Leite usa a idéia de “mudança” e utiliza como recurso de esperança a pouca idade que tem, como se isso fosse garantia de caráter e ética. Nesse âmbito, sublinhamos uma incoerência, quando o então deputado apoiou o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) votando contra o piso salarial dos professores. O carisma do candidato é inferior ao do primeiro, isso se justifique talvez, por sua personalidade ainda em formação. De todos os candidatos é o que menos transmite confiança, pode até ser uma falsa impressão, mas de qualquer forma, o eleitor deve manter-se atento para que seu voto seja consciente.

Fernando Marroni (PT) que já governou a cidade de Pelotas é o terceiro candidato avaliado (a ordem decrescente estipulada aqui está associada à utilização do verbo prometer; mencionado anteriormente). Usou recursos do Programa Monumenta do Ministério da Cultura para restaurar o patrimônio arquitetônico de Pelotas, ainda naquele mandato podemos destacar, comparado ao atual governo, ruas mais limpas e iluminadas. Outro aspecto que notamos é que pelo menos esse candidato tem boa educação e costuma cumprimentar as pessoas, independente de suas ideologias políticas, diferentemente do atual Prefeito, que após assumir o cargo, parece ter contraído uma espécie de repulsa pelo povo em geral. Contudo, porém, o Partido dos Trabalhadores mostra-se bastante desgastado com a crise ética que vem ocorrendo no âmbito federal, desde o governo Lula, além de ter mudado sua posição ideológica para uma pseudo-esquerda.

Matteo Chiarelli (DEM) é o quarto candidato em destaque. Professor universitário de direito constitucional, advogado, mostra-se um homem convicto de sua posição ideológica. Em 2004 foi candidato a vice-prefeito de Pelotas na chapa de Gilberto Cunha (PSDB) e, em 2008 apoiou Fetter Júnior (PP) no segundo turno das eleições. Em sua propaganda política, afirma seu compromisso em asfaltar as ruas das vilas da nossa cidade (dessa vez então não será as ruas onde passam os carros dos ricos?), esquece ou talvez desconheça que no Brasil existem 34,5 milhões de pessoas sem esgoto em áreas urbanas. Muito provavelmente, esta proposta remeta-nos a própria mudança de nome do até então PFL para o atual DEM, de modo que isso se justifica: sendo o candidato oriundo de um curso secularmente freqüentado pelas elites da nossa região; demonstra a estrutura do pensamento das mesmas.

Jurandir Silva (PSOL) é o último candidato de nossa análise. Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Pelotas, adota uma postura ideológica e ética coerente com seu comportamento. O partido ao qual é afiliado não fez coligações, por isso, o tempo de dois minutos no horário eleitoral. De todos os atuais candidatos é o que menos fez promessas, talvez por ingenuidade, ou quem sabe por compreender que aqueles que muito falam, pouco fizeram por nossa cidade. Permanece ainda uma visão deturpada, de que seu partido seja composto por pessoas radicais, o que de certo modo, influencia a confiança na hora do voto por parte do eleitorado. Talvez se possa dizer, que a verdadeira ideologia de esquerda no Brasil, que um dia fora privilégio do Partido dos Trabalhadores, seja mais bem exemplificada hoje pelos integrantes do Partido Socialismo e Liberdade.

Ao final desse artigo, para a reflexão crítica dos eleitores e eleitoras, selecionamos o recorte de um texto do antropólogo italiano Eugênio Barba: “(...) num mundo onde os homens que nos rodeiam não acreditam mais em nada ou fingem acreditar para ficarem tranqüilos, aquele que esmiúça dentro dele mesmo para se colocar questões sobre sua condição, sobre sua falta de ideais, sobre sua necessidade de vida espiritual, é tomado por um fanático ou por um ingênuo. Num mundo onde trapacear é a norma em vigor, aquele que procura a sua verdade é tomado por hipócrita.”.


¹Atualmente é aluno bolsista do curso de graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Pelotas. Pesquisa temas sobre filosofia, religião, política, sociologia, antropologia e direito.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

É preciso amar...


Idolatramos os idiotas. Comemos muitas gorduras e bebemos cerveja, hábitos importados de uma cultura industrializada, capitalista, que promove absurdos sociais; 
Compartilhamos ideologias medíocres, pensamentos inúteis, sentimentos vazios; 
Vivemos de aparências, usamos sapatos apertados, roupas desconfortáveis, falsos perfumes, falsas memórias; 
Fingimos o tempo todo ou quase, tentando se adequar às regras estabelecidas por esse sistema sujo, que aniquila corpos, dilacera corações e fragmenta nossas mentes; 
Achamos que sabemos o que é amar, tolos de nós, que mal aprendemos a falar, com tanto egoísmo e solidão, o mais provável é que sejamos hipócritas ou sínicos; 
Admiramos os imbecis. Pessoas que vivem da estupidez, do descaso, da falta do que fazer, da miséria de pensamento, do fútil e do inútil, da herança e da maldade; 
Educação e ética. Dois conceitos fundamentais banidos do dicionário na pós-modernidade, para tal, usa-se o recurso de salientar que ser correto é para os fracos e oprimidos, ou mais ainda, que se agirmos de forma honesta, seremos nós a isca; 
Quem criou esse mundo não pensou nas conseqüências, tenha sido Zeus ou o acaso, os culpo de falta de planejamento, porque o que vemos hoje é o caos inversamente proporcional à beleza da vida, das formas, da essência; 
Estamos ausentes com nossos filhos, com nossos pais, com nossa geração e com nós mesmos, abandonamos um a um, para obtermos status social, que em si, consiste em ter, comprar, gastar, usar, etc., mas isso não é tudo, somente parte do mundo que vejo e reproduzo todos os dias de minha vida;
Sim, eu também faço parte disso. A culpa não é do outro, mas de todos. Eu podia ser diferente, não ter tanta dor e tanto medo, mas existe alguma força, que estrategicamente, onipresente, acaba com todo meu otimismo;
Por fim, estabeleço todas as formas de intervir no processo, resumindo-as numa só: amar. O mundo precisa de amor, pode até ser clichê, mas o que não é hoje em dia?

domingo, 1 de janeiro de 2012

Uma outra perspectiva sobre a evolução dos seres vivos


O amor mal aproveitado resulta em sérios problemas psicológicos, de certa forma, “amar e não ser amado” é a primeira sensação de impotência diante de nossas vidas. Você constrói uma expectativa em relação ao outro, que não corresponde à realidade fática. Na época em que acreditávamos no amor, a vida era mais bonita. Então desejamos com todas as nossas forças encontrar alguém que caiba na nossa pequena caixa de sentimentos. Aqueles versos apaixonados, agora são apenas lembranças vazias... As pessoas se comportam tão distintamente, o que me intriga nisso tudo, é que, de fato, o amor é algo que encontramos em todos os planos de vida humana.

O amor antecede o raciocínio lógico, ou seja, os sentidos surgiram antes da razão.

Se minha perspectiva estiver correta, a condição humana não pode ser mais avaliada pela constante “pensamento”, mas também pela constante “percepção”. Num dado momento, um misto complexo de relevância possível entre, o logos racional, a percepção e os sentimentos (afeto, amor, cuidado) passaram a funcionar concomitantemente. Aqui surgiu o Homem, ainda em estágio animal, mas percebendo, cuidando e adquirindo a capacidade de raciocínio lógico.

Vejamos então os cães como exemplo. Essas criaturas possuem uma percepção sobre a realidade em seu entorno, de certa maneira, comunicam-se conosco, mas de forma rudimentar, sem expressão verbal, mas com gestos e postura corporal. Encontramos ainda no instinto animal, formas de afeto, quando a mãe protege os filhotes do perigo. Creio, que mais alguns séculos adiante, essas criaturas estarão se comunicando conosco, ainda não em linguagem, mas respondendo perguntas, alternando entre sim e não.

Tal fato é para minha teoria, a base da estruturação do elo nunca encontrado, na verdade, minha teoria propõe a comunicabilidade entre os seres vivos, em diferentes estágios, sendo que, a humanidade se encontra em adiantado estágio, no qual, outros serão, tais como os cães, devem passar um dia.

A evolução existe. Indeterminada. Para ambos os lados. Para o bem e para o mal. Somos animais num estágio avançado de natureza, mas nossas condutas, às vezes, nos faz refletir, sobre “quais condições numa escala de milhões de anos, fizeram com que chegássemos até aqui”. Além disso, destaco que estamos vivendo um período de experimentação, onde o medo imposto por doutrinas e religiões está sendo deixado de lado para vivenciar todos os limites que nossos corpos e mentes podem produzir, de bom e de ruim.

sábado, 3 de dezembro de 2011

"Robin Hood"


Eles só querem um pouco de felicidade. Ir a um restaurante, sair com os filhos, se divertir... Eles só querem a justa dignidade, básica, que proporciona um olhar altivo. Nem todos partilham deste sonho, pois existe uma situação, que os impede de pertencer ao novo grupo social.

A inércia na qual estão condicionados, me parece estar sendo gradativamente alterada ou impulsionada por um desejo de ser igual; igual ao outro, ter os mesmos direitos, desfrutar das mesmas taças de vinho, das mesmas roupas, do mesmo mundo que os que um dia se colocaram como reis e rainhas usufruíram.

Quanto sofrimento essa parte da sociedade já passou? Quantos olhares discriminatórios? A vontade de saciar a fome e a sede... Substituída agora por carros, casas, geladeiras, computadores e até condicionadores de ar. Essa mudança vem ocorrendo através da idéia de distribuição de renda, tal idéia se propagou por todos os cantos do mundo, é justamente esse pensamento afixado no inconsciente coletivo daqueles que coordenam as greves que impulsiona os movimentos sociais de massa que estamos vendo nos últimos anos.

Há muito tempo estou convencido de que Não existem reis nem rainhas, todavia o que existe na realidade são convenções sociais de segmentos que estipulam normas e regras para manter uma desigualdade, justificada de maneira torpe e através de manipulações, com objetivos de segregar, extirpar e ceifar vidas de homens e mulheres.

Para tal, criam-se grupos de poder nos mais diversos setores e meios sociais; ainda sobre esses grupos, se subdividem em micro grupos que permanecem no poder durante décadas. Essas famílias comandam e ditam ordens, manipulam nossas vidas das mais variadas formas, utilizando-se dos meios de comunicação, tais como: jornais, rádios e canais de televisão.

Aqui no Brasil um “Robin Hood”, amoral ou antiético, mas com muito carisma e astúcia, observando todos os fatores supracitados anteriormente, resolveu pôr em prática o que um senhor de longas barbas brancas e idéias críticas chamou de comunismo.

O problema é que apenas distribuir, sem educar, logo adiante mostrar-se-a um equívoco, pois, aos novos ricos se abaterão os mesmos fenômenos psicopatológicos da depressão e da sensação de vazio interior (insatisfação) que já acometem os ricos de hoje.

A felicidade não está nas coisas que temos, mas sim no convívio de quem amamos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A dualidade da mente humana

O mundo é dual. Que mundo? O nosso mundo. Existem coisas que foram criadas para o nosso bem e acabaram servindo para destruir vidas, como o avião (nos tempos da guerra). Existem outras, que foram criadas com intuito não tão benéfico, mas que podem ser usadas para a nossa proteção como no caso dos remédios químicos. Não se trata de ironia, não senhores, é a realidade.

Então pensei: a dualidade não está no conceito, mas na mente humana. Não é o objeto ou a coisa em si que é boa ou ruim, mas como trabalhamos sua potencialidade. Do contrário que muitos pensam, não consigo perceber Hitler um monstro (por mais estranha que essa idéia pareça). Tenho a percepção na qual, numa descrição mais densa, mesmo admitindo a patologia de seu estado mental, que Hitler tenha sido um gênio, porém, um gênio que usou todo o seu potencial para destruir. O mecanismo da loucura funciona assim, primeiro se crê que se está certo, depois se tenta convencer os outros. Quando se consegue – Voilà! – a violência simbólica.

Já Einstein usou sua potencialidade para criar a teoria da relatividade. O presidente Lula criou (ou ampliou, dirá a oposição) o programa bolsa família. E eu criei esse conceito da dualidade da mente humana. Outras pessoas pelo mundo afora provavelmente nesse exato momento devem estar criando alguma idéia. Essa idéia que não é boa nem ruim se transforma em conceito, possui certa neutralidade, e, se utilizada para prejudicar o homem, se torna uma idéia destrutiva, porém, se a usamos para melhorar a vida das pessoas, temos então um bom conceito.

Difícil de entender? Creio que não. As idéias mais inteligentes são aquelas cuja compreensão se dá de maneira espontânea, não artificialmente.

Ainda sobre a dualidade do mundo. Cristo nos deixou algumas lições, a principal delas dizia que, é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, se bem que eu acho que essa frase foi dita por outro líder, mas o que importa é que a mensagem era sobre o amor. E lá vem o Homem, cria a religião, e a usa para ludibriar o povo. Karl Marx tinha razão quando a compara com o ópio, porém aqui não se trata de uma aula de sociologia, mas sim de minhas divagações.

O capitalismo está em crise. Os EUA estão em crise. A saúde pública está em crise. O Corinthians está em crise. Bem o Corinthians está sempre em crise. Sabe o que realmente faliu? O Homem. Nós falimos enquanto seres humanos, porque usamos nossas potencialidades para destruir, prejudicar, aniquilar, e, bem sabemos que é totalmente possível utilizarmos toda nossa inteligência para o progresso, para o bem ao próximo, ao faminto, ao desabrigado. Contudo no período pós-moderno o Homem e suas vãs filosofias conseguiram o que jamais pensei que fosse ver. A extinção dos valores humanos.