O amor mal aproveitado resulta
em sérios problemas psicológicos, de certa forma, “amar e não ser amado” é a
primeira sensação de impotência diante de nossas vidas. Você constrói uma
expectativa em relação ao outro, que não corresponde à realidade fática. Na
época em que acreditávamos no amor, a vida era mais bonita. Então desejamos com
todas as nossas forças encontrar alguém que caiba na nossa pequena caixa de
sentimentos. Aqueles versos apaixonados, agora são apenas lembranças vazias... As
pessoas se comportam tão distintamente, o que me intriga nisso tudo, é que, de
fato, o amor é algo que encontramos em todos os planos de vida humana.
O amor antecede o raciocínio lógico, ou seja, os sentidos surgiram antes da razão.
Se minha perspectiva estiver
correta, a condição humana não pode ser mais avaliada pela constante “pensamento”,
mas também pela constante “percepção”. Num dado momento, um misto complexo de relevância
possível entre, o logos racional, a percepção e os sentimentos (afeto, amor,
cuidado) passaram a funcionar concomitantemente. Aqui surgiu o Homem, ainda em
estágio animal, mas percebendo, cuidando e adquirindo a capacidade de raciocínio
lógico.
Vejamos então os cães como
exemplo. Essas criaturas possuem uma percepção sobre a realidade em seu
entorno, de certa maneira, comunicam-se conosco, mas de forma rudimentar, sem
expressão verbal, mas com gestos e postura corporal. Encontramos ainda no
instinto animal, formas de afeto, quando a mãe protege os filhotes do perigo.
Creio, que mais alguns séculos adiante, essas criaturas estarão se comunicando
conosco, ainda não em linguagem, mas respondendo perguntas, alternando entre
sim e não.
Tal fato é para minha teoria,
a base da estruturação do elo nunca encontrado, na verdade, minha teoria propõe
a comunicabilidade entre os seres
vivos, em diferentes estágios, sendo que, a humanidade se encontra em adiantado
estágio, no qual, outros serão, tais como os cães, devem passar um dia.
A evolução existe.
Indeterminada. Para ambos os lados. Para o bem e para o mal. Somos animais num
estágio avançado de natureza, mas nossas condutas, às vezes, nos faz refletir,
sobre “quais condições numa escala de milhões de anos, fizeram com que
chegássemos até aqui”. Além disso, destaco que estamos vivendo um período de
experimentação, onde o medo imposto por doutrinas e religiões está sendo
deixado de lado para vivenciar todos os limites que nossos corpos e mentes podem produzir, de bom e de ruim.